sábado, 18 de novembro de 2006

SE

Se houvesse em cada olhar um sinal claro de ternura e não um irradiar nocivo que intercepta a brandura dos olhares para que não se vissem imágens desfocadas
 Se a gente não envolvesse «a nudez forte da verdade no manto diáphano da fantasia»
e, mesmo que enquanto a nossa vista não fosse educada com o propósito de ver a verdade nua, ainda assim, quiséssemos que ela andasse "escandalosa"
 Se em cada Ser houvesse uma justa maneira de ser e não ser unicamente um Ser (que sendo apenas Ser, será tudo menos aquilo que nunca foi) que não se deixasse cair em alienações; Que nenhum ópio tirasse da alma o milagre do amor na vida
 E se um dia este "se" deixar de ter sentido seremos não menos justos que humanos... 
Então sejamos justos, sejamos humanos; Conjuramo-nos na condenação definitiva dos "ses". Até lá; Sejamos breves




     sfich

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