juízos e tal conduta: -
Pobre não labuta, rouba
Rico não rouba, labuta.
-Tragam cá esse almocreve
à barra do tribunal
que ele connosco não se atreve;
irá pagar o que deve...
Há justiça em Portugal!.... -
à barra do tribunal
que ele connosco não se atreve;
irá pagar o que deve...
Há justiça em Portugal!.... -
O juiz, de vista curta,
julga assim, o maganão:-
Rico não rouba; Labuta.
Pobre não luta; É ladrão.
julga assim, o maganão:-
Rico não rouba; Labuta.
Pobre não luta; É ladrão.
- Soltem o pobre infeliz-
Diz um popular irado -
Silêncio!... esteja calado. -
Logo se impôs o Juiz. -
Diz um popular irado -
Silêncio!... esteja calado. -
Logo se impôs o Juiz. -
Isto é uma vara de porcos!... -
Gritou a mãe do coitado -
Qual habeas-corpus?
Qual o quê?... -
Surdo o Juiz, já se vê -
Acaba de ser julgado,
Gritou a mãe do coitado -
Qual habeas-corpus?
Qual o quê?... -
Surdo o Juiz, já se vê -
Acaba de ser julgado,
tem a cadeia à mercê.
E, como foi sentenciado,
ficam todos a saber,
que para não ser incomodado
igualmente processado,
o pobre tem que aprender
que, não basta ser honrado;
Também terá que o parecer.
ficam todos a saber,
que para não ser incomodado
igualmente processado,
o pobre tem que aprender
que, não basta ser honrado;
Também terá que o parecer.
-Este juiz tão malvado
decidiu logo, o estupor:
Se o pobre tem, é roubado.
E o bem do rico, é suor?...
decidiu logo, o estupor:
Se o pobre tem, é roubado.
E o bem do rico, é suor?...
E de beca bezuntada,
com o martelo na mão,
dá por fim a martelada:-
Está encerrada a sessão.
Joana D'Arc
com o martelo na mão,
dá por fim a martelada:-
Está encerrada a sessão.
Joana D'Arc
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