terça-feira, 14 de abril de 2009

confesso


Magoa-me
o grito calado
que guardo e que escondo
cá dentro.
Destrói-me.

Minto.
O riso sofrido
que cobre o que sinto
e que pinta e dá vida
à minha alma.
Sufoca-me.

perco-me.
Confundo o que finjo,
não vejo e bloqueio
nas teias
do nada que desconheço.
Anseio.

Confesso.
Contemplo a dor
que é escrever
sem errar.
Assumir no interior
o que posso fingir
se simplesmente falar,
só por falar...



Diana Correia

2 comentários:

  1. :)

    Confesso que adorei o que li...
    Uma delícia cheia de suavidade.

    Mimos
    Paula

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  2. DIZER À PESSO(A)INHA

    É no acto de te ler,
    que sinto quanto me falta
    se te quisesse escrever!...
    Pois quando a gente lê,
    quem escreve,
    o que fica entre a'lma de quem sente
    e o sentido de quem lê,
    é que vê, claramente,
    pelo bater do coração,
    qual é a gente que sente...
    Quem é profundo ou quem não;
    E, assim, é evidente,
    a gente vê quem é gente
    pelo bater do coração!...

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