Deslumbro-me num acorde em cada dia,
como se soubesse o deslumbre da loucura;
E quando o próprio verso me procura,
vem em tons matizados de alegria.
Mas logo, em seguida, água fria;
debalde procurado; e, em tortura,
ouvir a negação, com voz segura,
em vez d'afirmação que pretendia.
E sigo, como quem escolhe o mal menor,
na cumplicidade melómana dos ouvidos
ensaiando harpejos em Mi(m) bemol maior
Num suave som de beijos sustenidos;
No tanger da alma, o som do ardor,
como se me pisasse nos sentidos.
sfich
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