domingo, 10 de janeiro de 2016

desconforto da verdade

A palavra que te faz pensar no fim,
Mesmo que te diga: Continua...
É o não travestido do teu sim,
Se a verdade da mentira se insinua!

Do amargor da verdade, quando é crua
(Necessário desconforto, mas enfim...)
Resta o seu deslumbre, porque é assim
Que a verdade se apresenta: Toda nua!

Mas vieste e quando vi já não queria
Não sabia se amava ou se mentia
O eterno e o inferno, lado a lado.

No meu sim, o fingimento já sorria
Dos teus lábios, era fogo que eu queria
E fui beijar o desconforto anunciado.

Diana Correia/Sfich

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